Frases do filosofo Epicuro

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Frases do filosofo Epicuro


"A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: 'Que vantagem resultará se eu não o satisfizer ?'."

"Não se pode não ter medo quando se inspira o medo."

"O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade."

"Não temos tanta necessidade da ajuda dos amigos quanto da certeza da sua ajuda."

"A necessidade é um mal, mas não há necessidade de viver nela."

"É estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho."

"Entre os homens, na maioria dos casos, a inactividade significa torpor, e a actividade, loucura."

"Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia."

"O justo é tranquilíssimo, o injusto é sempre muito solícito."

"A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais."

Falar mal de alguém, já é condenável. Agora, se esse alguém já morreu a dois mil anos e não se conhece o que ele escreveu, então, é imperdoável. Assim ocorre com relação ao filósofo grego Epicuro, cuja obra, poucos leram. Muitos hoje criticam sua filosofia que incentivava à busca do prazer, mas geralmente o fazem sem ler nada que ele escreveu, somente repassando adiante o que ouviram falar. A confusão reside no que Epicuro considerava como verdadeiro prazer:
“A doutrina de Epicuro entende que o sumo bem reside no prazer e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo. O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto, apenas satisfaz uma necessidade ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. A função principal da filosofia é libertar o homem.”

Epicuro de Samos foi um filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e, numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador.
Epicuro, fundador da escola que tomou o seu nome, nasceu em Atenas, provavelmente, em 341 a.C., do ateniense Néocles, e foi criado em Samos. A mãe praticava a magia. Quando criança estudou com o platonista Panfilo por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Ainda muito jovem partiu para Téos, na costa da Ásia Menor. Cedo dedicou-se à filosofia, sendo iniciado por Nausífanes de Teo no sistema de Demócrito. Com Nausífanes de Téos, discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria atomista – da qual reformulou alguns pontos.

Certa vez ao ouvir a frase de Hesíodo, “todas as coisas vieram do caos”, ele perguntou: e o caos veio de que? Retornou para a terra natal em 323 a.C.. Sofria de cálculo renal, o que contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Em 306 abriu a sua famosa escola em Atenas, nos jardins da sua vila, que se tornaram centro das reuniões aristocráticas dos seus admiradores, discípulos e amigos. Epicuro expôs a sua doutrina num grande número de escritos, pela maior parte perdidos. Faleceu em 270 a.C. com setenta anos de idade. O epicurismo teve, desde logo, rápida e vasta difusão no mundo romano, onde encontramos, sobretudo, Tito Lucrécio Caro – I século a.C. – o poeta entusiasta, autor de De rerum natura, que venerava Epicuro como uma divindade. A ele devemos as melhores notícias sobre o sistema epicurista. A escola epicurista durou até o IV século d.C., mas teve escasso desenvolvimento, conforme o desejo do mestre, que queria os discípulos fiéis até a letra do sistema. A originalidade deveria manifestar-se na vida.

Epicuro foi pessoa fidalga e refinada, o ideal da fidalguia antiga: fazer da formosura o princípio inspirador da vida, e fruir dessa formosura na própria existência pessoal. E foi um mestre eficaz de sabedoria aristocrática, feita de nobreza de sentimentos, senso refinado, gosto para a formosura, para a cultura superior. Em seus jardins, num sereno lazer, semelhante ao dos deuses, deu vida a uma sociedade genial, em que dominava o vínculo da amizade. As amizades dos epicuristas ficaram famosas como as dos pitagóricos.

A associação espalhou-se depois, mas conservou-se fortemente organizada, mediante uma estável constituição, ajudas materiais, cartas, missões. O mestre pareceu aos discípulos como que um redentor; a sua filosofia foi considerada como uma religião, a sua doutrina, resumida em catecismos, a sua imagem, gravada nas jóias, em sua honra celebravam-se festas comemorativas, mensais e anuais. Se não houve pensadores epicuristas notáveis depois de Epicuro no mundo clássico nem depois, houve, todavia, em todos os tempos e lugares, homens famosos, pertencentes a classes sociais elevadas, os quais aplicaram a sua doutrina à vida e dela fizeram a substância de sua arte.

Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco, Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica, chamada O Jardim. Lecionou em sua escola até a morte, em 271 a.C., cercado de amigos e discípulos. Tendo sua vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Filósofos Influenciados por Epicuro
Hermarchus, Lucretius, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, J. S. Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Hadrian, Metrodorus of Lampsacus (the younger), Philodemus, Amafinius, Catius.

Dos seus escritos que chegaram até os nossos dias, existem três cartas: Carta a Heródoto, sobre física atômica; Carta a Pítocles, sobre os fenômenos celestes; e Carta a Meneceu (mais conhecida como Carta sobre a Felicidade), sobre a felicidade.

Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era conseguir a alegria, uma vida tranqüila caracterizada pela aponia, a ausência de dor e medo, e vivendo cercado de amigos. Ele pensava que a dor e o prazer eram a melhor maneira de medir o que era bom ou ruim, a morte era o fim do corpo e da alma e, portanto não devíamos temer os deuses. Das numerosas obras escritas pelo filósofo, só restaram três cartas que versam sobre a natureza, sobre os meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidas por Hermann Usener sob o título de Epicurea, em 1887. Por suas proposições filosóficas Epicuro é considerado um dos precursores do pensamento anarquista no período clássico.

A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi recebido passivamente na sensação pura e, por conseqüência, nas idéias gerais que se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade sensitiva).

O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranqüilidade do espírito. O atomismo acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que modificado. A representação vulgar do mundo, com seus deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições.
No sistema epicurista, os átomos se encontram fortuitamente e esta é a grande modificação em relação ao atomismo de Demócrito (onde o encontro dos átomos é necessário). É este encontro fortuito que garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e garante a explicação dos fenômenos, sua elucidação, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.

O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o sumo bem reside no prazer e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo. O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto, apenas satisfaz uma necessidade ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. A função principal da filosofia é libertar o homem.

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