Frases do filosofo Albert Camus

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Frases do filosofo Albert Camus

Albert Camus foi romancista, ensaísta e jornalista. Nasceu em Mondovi, em 1913, cidade interiorana conhecida hoje como Dréan. Era pied-noir, pé preto, argelino. Conviveu com o colonialismo francês e cresceu em um país castigado pelo subdesenvolvimento. Formou-se em filosofia na Universidade de Argel. Conseguiu penetrar no círculo de intelectuais francesas nas décadas de 1940 e 50.

"Que é um homem revoltado? Um homem que diz não. Mas, se ele recusa, não renuncia: é também um homem que diz sim, desde seu primeiro movimento. Um escravo, que recebeu ordens durante toda a sua vida, julga subitamente inaceitável um novo comando. Qual é o significado deste 'não'?"
(O Homem Revoltado. p. 25)
Engajou-se na Segunda Guerra Mundial como editor do jornal clandestino Combat. Escreveu sobre o absurdo filosófico, herança dos pensadores Søren Kirkegaard e Friedrich Nietzsche, na forma de ficção alegórica e reflexões sobre seu tempo. Conheceu e se relacionou com Jean-Paul Sartre e seu existencialismo intelectual. Criticou o engajamento de Sartre, que começou a favorecer a violência como fator de mudança para socialismo.

"Filósofo, Camus? Não, se os parâmetros – ocidentais – forem Platão, Kant, Hegel, Russel, Wittgenstein, Popper, Sartre... Camus repetiu que não era filósofo, e sobretudo que não era um existencialista, mas, vítima de uma coqueteria cultural francesa, não insistiu muito. Em Estocolmo, nas conversas na embaixada, ele o lamentou. Sabia que Sartre era mais “brilhante”. Mesmo examinando-o com critérios da tradição francesa, poderíamos dizer que Camus contribuiu para avanços filosóficos, a não ser opondo-se ao sistema – o que não é pouca coisa?"
(TODD, Olivier. Albert Camus: Uma vida. p. 773)
Faleceu em Villeblevin, em 1960, em um acidente de carro indo para Paris. Foi um símbolo de uma visão da política de esquerda alternativa, ati-bélica, crítica das ações norte-americanas. Escreveu sobre a bomba atômica, sobre as falhas da história e da sociedade. É um escritor que merece ser revisitado para compreender um pico de acontecimentos no século XX: O ano de 1945 e suas consequências.
O que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações do homem devo ao futebol.
Vou-lhe dizer um grande segredo, meu caro. Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias.
Fazer sofrer é a única maneira de se enganar.
Quando procuro o que há de fundamental em mim, é o gosto da felicidade que eu encontro.
Não se pode criar experiência. É preciso passar por ela.
Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade.
A tentação mais perigosa: não se parecer com nada.
A imaginação oferece às pessoas consolação por aquilo que não podem ser e humor por aquilo que efectivamente são.
A estupidez insiste sempre.
Fazer sofrer é a única maneira de nos enganarmos.
Tenho uma pátria: a língua francesa.
Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.
O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio.
Não há que ter vergonha de preferir a felicidade.
Não há ordem sem justiça.
Nenhum homem é hipócrita nos seus prazeres.
A criação é a mais eficaz de todas as escolas de paciência e de lucidez.
O absurdo é a razão lúcida que constata os seus limites.
O homem é a criatura que, para afirmar o seu ser e a sua diferença, nega.
Toda a infelicidade dos homens nasce da esperança.
Não é nenhuma vergonha ser-se feliz; vergonhoso é ser feliz sozinho.
Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo.
Todo o cumprimento é uma sujeição. Obriga a um cumprimento maior.
Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.
Todas as revoluções modernas contribuíram para o fortalecimento do Estado.
A grandeza do homem consiste na sua decisão de ser mais forte que a condição humana.
Não quero ser um génio... Já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem.
Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela.
O homem não é nada em si mesmo. Não passa de uma probabilidade infinita. Mas ele é o responsável infinito dessa probabilidade.
Já é vender a alma não saber contentá-la.
A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente.

A grandeza consiste em tentar ser grande. Não há outro meio.

O heroísmo de pouco vale, a felicidade é mais difícil.

Não é o sofrimento das crianças que se torna revoltante em si mesmo, mas sim que nada justifica tal sofrimento.

Respiro a única felicidade que sou capaz - uma consciência atenciosa e cordial. Passeio o dia todo(...) cada ser que encontro, cada cheiro dessa rua, tudo é pretexto para amar sem medida. Jovens mulheres supervisionam uma colônia de férias, a trombeta do vendedor de sorvetes, as barracas de frutas, melancias vermelhas com caroços negros, uvas translúcidas e meladas - tantos apoios para quem não sabe ser só. Mas a flauta ácida e terna das cigarras, o perfume de águas e de estrelas que se encontram nas noites de setembro, os caminhos aromáticos entre as árvores de pistache e os juncos. tantos sinais de amor para quem é forçado a ser só.

Caminhamos ao encontro do amor e do desejo. Não buscamos lições, nem a amarga filosofia que se exige da grandeza. Além do sol, dos beijos e dos perfumes selvagens, tudo o mais nos parece fútil. Quando a mim, não procuro estar sozinho nesse lugar. Muitas vezes estive aqui com aqueles que amava, e discernia em seus traços o claro sorriso que neles tomava a face do amor. Deixo a outros a ordem e a medida. Domina-me por completo a grande libertinagem da natureza e do mar.

Se amar bastasse, as coisas seriam simples. 
Quanto mais se ama, mais se consolida o absurdo."
"Mas do amor só conheço a mistura de desejo,
ternura e entendimento que me liga a determinado ser."
"Por que seria preciso amar raramente para amar muito?

Julgavam-se livres e nunca alguém será livre enquanto houver flagelos.

Revolto-me, logo existo.

Avida é a soma das suas escolhas

Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer.

"Não caminhes na minha frente; eu posso não seguí-lo. Não caminhe atrás de mim; eu não posso conduzi-lo. Apenas caminhe a meu lado e seja meu amigo."

Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de ser feito.

Amar é sorrir por nada e ficar triste sem motivos, é sentir-se só no meio da multidão, é o ciúme sem sentido, é ser feliz de verdade

Amar é... 
sorrir por nada e ficar triste sem motivos
é sentir-se só no meio da multidão,
é o ciúme sem sentido,
o desejo de um carinho; 
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
é passear com a felicidade, 
é ser feliz de verdade!

E no meio de um inverno eu finalmente 
aprendi que havia dentro de mim 
um verão invencível.

"O Homem é a única criatura que se recusa a ser o que é."

" Abençoados os corações flexiveis;
Pois nunca serão partidos. "

"É-nos impossível saber com segurança se Deus existe ou não existe. Por isso, só nos resta apostar. Se apostarmos que Deus não existe e ele existir, adeus vida eterna, Alô, danação! Se apostarmos que Deus existe e ele não existir, não faz a menor diferença, ficamos num zero a zero metafísico"

O êxito é fácil de obter. O difícil é merecê-lo.

Charme é um meio de obter um sim sem fazer uma pergunta clara.

Não caminhe detrás de mim, posso não te guiar. Não ande na minha frente, posso não seguir-te. Simplesmente caminhe ao meu lado e seja meu amigo.

A amizade pode convertir-se em amor. O amor em amizade...nunca.

Nada é mais despreciável que o respeito baseado no medo.

"A vida é a soma de todas as suas escolhas."

Compreender e sentir são inseparáveis.

O sinal da juventude talvez seja uma extraordinária vocação para as felicidades fáceis.

Por que sou um artista e não um filósofo? É que penso segundo as palavras e não segundo as idéias.

Mas os meus escritos são as minhas horas de felicidade. Mesmo naquilo que eles tiverem de cruel. Preciso escrever assim como preciso de respirar, porque o corpo me exige.

Você sabe o que é o encanto? é ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada.

Só conheço uma obrigação: a de amar

Outono é outra primavera, cada folha uma flor.

Não se pode viver sem razão.

Sempre acabamos adquirindo o rosto das nossas verdades."

Os tristes têm duas razões para o ser: ignoram ou esperam."

No frio do inverno, finalmente aprendi que dentro de mim existe um insuperável verão.

Não há amor generoso senão aquele que se sabe ao mesmo tempo passageiro e singular

Aqueles que se amam e são separados podem viver sua dor, mas isso não é desespero: eles sabem que o amor existe.

"A primeira coisa que um bom cientista faz quando está diante de uma descoberta importante e tentar provar que ela esta errada."

"Amo ou venero poucas pessoas. Por todo o resto, tenho vergonha de minha indiferença. Mas aqueles que amo, nada jamais conseguirá fazer com que eu deixe de amá-los, nem eu próprio e principalmente nem eles mesmos."

Criar é dar forma ao próprio destino.

O esforço para alcançar o topo é por si só suficiente para completar o coração do homem.

Obras publicadas:

Carnets I (Cadernetas I), maio 1935 - fevereiro 1942

Révolte dans les Asturies (Revolta nas Astúrias), 1936

L'Envers et l'Endroit (O Avesso e o Direito), 1937

La mort heureuse (A morte feliz), escrito entre 1936 e 1938

Noces (Núpcias), 1939

L'Étranger (O estrangeiro), 1942

Le Mythe de Sisyphe (O mito de Sísifo), 1942

Carnets II (Cadernetas II), janeiro 1942 - março 1951

Caligula (Calígula), 1944

Le Malentendu (O malentendido), 1944

Actuelles (Atualidades) I, Crônicas,1944-1948", 1950

La peste (A peste), 1947

Réflexions sur la Guillotine (Reflexões sobre a Guilhotina), 1947

Lettres à un ami allemand (Cartas a um amigo alemão), 1948 

L'État de siège (Estado de sítio), 1948

Actuelles(Atualidades) II, Crônicas, 1948-1953

Les justes (Os justos), 1949

L’homme révolté (O homem revoltado), 1951

Carnets III (CadernetasIII), março 1951 - dezembro 1959

L'Artiste en prison (O Artista na prisão), 1952

L'Été (O Verão), 1954

Requiem pour une nonne (Réquiem para uma freira), 1956

La chute (A queda), 1956

L'Exil et le Royaume (O exílio e o reino), 1957

Les possédés (Os possessos), 1959, adaptação ao teatro do romance de Fiódor Dostoiévski

Le Premier Homme (O primeiro homem), 1960, romance inacabado

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