Frases Henri Bergson

frases do filosofo Henri Bergson

Henri Bergson

Frases do filosofo Henri Bergson.
Pense como um homem de ação, atue como um homem de pensamento.

Nada é menos do que o momento presente, se entendermos por isso o indizível instante que separa o passado do futuro.

Os costumes são uma das fontes da moral.

Falhamos ao traduzir exactamente o que se sente na nossa alma: o pensamento continua a não poder medir-se com a linguagem.

O nosso espírito tem uma irresistível tendência para considerar como mais clara a ideia que mais frequentemente lhe serve.

A vida é um caminho de sombras e luzes. O importante é que se saiba vitalizar as sombras e aproveitar a luz.

Sonhar é desinteressar-se.

A contemplação é um luxo, a ação uma necessidade.

A qualidade é a quantidade de amanhã.

Há coisas que só a inteligência é capaz de procurar, mas que por si mesma nunca achará. E essas coisas só o instinto as acharia, mas nunca as procura.

O riso é a mecânica aplicada no ser vivo.

A coesão social deve-se, em grande parte, à necessidade de uma sociedade se defender de outras.

Fracassamos em traduzir por inteiro o que nossa alma sente: o pensamento não tem medida comum com a linguagem.

Pensar consiste, ordinariamente, em ir dos conceitos às coisas, e não das coisas aos conceitos. (em Introdução à Metafísica)

A idéia do futuro, prenhe de uma infinidade de possíveis, é pois mais fecunda do que o próprio futuro, e é por isso que há mais encanto na esperança do que na posse, no sonho do que na realidade.

Se consciência significa memória e antecipação, é porque consciência é sinônimo de escolha.


Um ser inteligente traz consigo os meios necessários para superar-se a si mesmo.

O olho vê somente o que a mente está preparada para compreender.

Contrariamente à crença geral, a verdade não se impõe por si mesma. O erro que entra no domínio público permanece nele para sempre. As opiniões transmitem-se, hereditariamente, como as terras. Constrói-se nelas. As construções acabam por formar uma cidade - e ditar a história.


O filósofo e diplomata francês Henri-Louis Bergson nasceu em Paris, no dia 18 de outubro de 1859, fruto da união de pais judeus, a mãe de procedência inglesa e o pai polonês. Apesar de ter vivido algum tempo na cidade de Londres, ele voltou para Paris aos nove anos, aí assumindo a cidadania francesa.
Sua educação foi realizada na França, e neste país ele se licenciou em Letras, apesar de seu incrível talento para as disciplinas científicas. Em 1881 ele inicia o magistério, lecionando em Angers e, posteriormente, em Clermont, até regressar para sua terra natal em 1889. Na cidade-luz ele ministra aulas no Liceu Henri 4º, na École Normale Supérieure e no Collège de France, no qual ele ingressa depois de se doutorar em Letras pela Universidade de Paris, defendendo tese sobre o filósofo Aristóteles. Neste Colégio suas aulas são disputadas, seu trabalho conquista um sucesso nunca antes igualado.
A partir de 1901 ele passa a integrar o Instituto de França, tornando-se membro da Academia Francesa em 1914. Famoso especialmente pela publicação de suas obras Matière et mémoire, de 1896, e L’Évolution créatrice, lançada em 1907, investigada até hoje nas mais distintas esferas, no cinema, na literatura, na neuropsicologia, entre outras mais, ele obtém em 1927 o Prêmio Nobel de Literatura. Um reumatismo crônico, que depois de 1925 passa a deformar seu corpo, o impede de receber esta premiação em Estocolmo.
Este pensador defende idéias fundamentais para o desenvolvimento da filosofia moderna, as quais são amplamente absorvidas por todos, assumindo assim um caráter popular sem precedentes, quando Bergson ainda se encontrava vivo. Ele sobrepõe seu ponto de vista biológico à tradicional concepção materialista da Ciência e da Metafísica, encerrando desta forma o reinado da visão de Descartes.
Seus conceitos estão perfeitamente sintonizados com o Positivismo vigente no século XIX e com o processo de espiritualização em voga na França, com os quais tenta empreender uma síntese dialética, distinta, porém, da de Hegel, procurando assim transcender o ideal positivista. No ápice do desenvolvimento científico, este filósofo atinge o cerne da polêmica interação entre a Ciência e o conhecimento metafísico, ou seja, entre a realidade do organismo físico e a existência social e mental. Ele batiza sua metafísica pessoal de ‘positiva’, atribuindo a esta expressão um sentido único, semelhante ao que concede à concepção de ‘dado imediato’, e gera um novo modelo de pensamento.
O desejo de Bergson é inserir nas esferas das Ciências Humanas e da Religião os elementos positivistas, utilizando para isso uma ferramenta essencial, a evolução. Ele defende que a realidade vivenciada pelo Homem é a duração real, a qual se desenrola na consciência, neste cenário em que se conectam a experiência e a intuição, esta representando o núcleo central da vivência genuína, a ação intensa que define a durabilidade do real.
Segundo este pensador, o ser humano tem o poder de transcender a esfera do inteligível, preservando o ímpeto criativo para assim vencer a face paralisante da moral e da religião, até exceder os limites do que ele chama de élan vital, o estímulo vital que provém de Deus, se não é ele mesmo a própria divindade. Bergson defende, assim, quatro conceitos básicos, a ‘intuição’, a ‘durée’, a memória e o élan vital, aqui descritos sucintamente.
Henri Bergson morre no dia 4 de janeiro de 1941, em Paris, ao longo da ocupação nazista na França, depois de se converter ao catolicismo.

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