Frases do filosofo Edmundo Curvelo

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Frases do filosofo Edmundo Curvelo
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Edmundo de Carvalho Curvelo (Arronches, 18 de Outubro de 1913 — Lisboa, 13 de Janeiro de 1954) foi um filósofo e lógico português da primeira metade do século XX. A vida do professor Edmundo Curvelo foi vivida, essencialmente, entre Lisboa, onde estudou e trabalhou, e Abrantes, cidade adoptada pelos pais, Francisco Inácio Curvelo e Margarida Carvalho Curvelo, e pelo irmão mais novo, Joaquim António Carvalho Curvelo, e onde se deslocava para descansar e visitar a família. O professor Edmundo Curvelo casou-se em Faro, em 1940, com Noémia Cruz de quem se separou anos mais tarde. Do casamento não teve qualquer filho e também não se voltou a casar.


Foi um dos mais brilhantes alunos do nosso Liceu.
Edmundo de Carvalho Curvelo… não foi apenas um jovem que fez em Outubro de 1926 a sua primeira matrícula no 1ºano do Liceu de Setúbal. Anos mais tarde, em 1938, regressou para ser aqui professor!

Em 1 de Março de 2007, Luis Soares de Oliveira dedicou-lhe algum espaço no seu blogue mencionando um texto que foi publicado no “Notícias de Arronches”, terra natal daquele “fabuloso professor de Filosofia”, da autoria do Prof. António Brotas que foi Catedrático do Instituto Superior Técnico e que reproduzimos em parte.

Nesse ensaio, que intitulou "Sobre o ensino da Filosofia", António Brotas diz o seguinte de Edmundo Curvelo:
"Eu tive um fabuloso professor de Filosofia. Foi o professor Edmundo Curvelo, no Colégio Militar, em 1946, por ocasião de uma muito curiosa experiência que vale a pena recordar. Havia, na altura, no então chamado ensino liceal, um exame no 6º ano (10º ano de escolaridade). O Ministério da Educação resolveu passar este exame para o 5º ano, mas não o quiz fazer sem antes realizar uma experiência pedagógica. Ou porque lhe era dificil faze-la numa escola dependente do Ministério, ou porque, simplesmente, a não sabia fazer, combinou com o Ministério da Guerra (antecessor do actual Ministério da Defesa) que a experiência fosse feita no Colégio Militar que dele dependia. O Ministério da Guerra, que não estava propriamente vocacionado para fazer experiências pedagógicas do ensino secundário, deu liberdade total aos professores do Colégio Militar para escolherem as disciplinas com os conteúdos, programas, métodos de avaliação e exames que muito bem entendessem. É assim que eu não tenho o curso do liceu, mas sim o curso do Colégio Militar, reconhecido como equivalente pelo Ministério da Educação.
O professor Edmundo Curvelo já tinha sido meu professor de História, disciplina em que não tinha adoptado nenhum livro. Em vez disso, convenceu o Director a abrir aos alunos a biblioteca do Colégio Militar onde até à data não tinham acesso. Também não seguiu, que eu tenha notado, qualquer programa. Distribuía-nos temas que preparávamos e, depois, éramos nós que dávamos as aulas (nalguns casos em francês). A Filosofia ensinada no Liceu tinha, na altura, quatro componentes: a Psicologia, a Lógica, a Estética e a Ética/Moral. Quando o professor Curvelo viu que não tinha de preparar os seus alunos para o exame oficial do 7º ano, pos imediatamente de lado a Estética e a Ética . Não falou do nome de nenhum antigo filosofo e interessou-se, sobretudo, pela Psicologia, em que só nos falou de duas coisas: das sensações e a da memória. Ensinou-nos a olhar para as nossas sensações e para a nossa memória e apaixonou-nos. E, como estava encarregue de organizar o Laboratório de Psicotecnologia do Colégio Militar, responsabilizou um aluno por cada aparelho de medida.
Passados todos estes anos, se escrevo artigos sobre a Educação é porque tive como professor o professor Edmundo Curvelo."


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